"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses"
(Rubem Alves)
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Estou ausente do blog e de mim mesma... Mas acho que muitas pessoas já passaram por momentos assim, em que é preciso silêncio e quietude para encontrar respostas.
E eu quero muito redefinir minha trajetória.
Há 12 anos tenho dois empregos que me consomem tempo e saúde.
Cheguei ao cúmulo de conseguir almoçar, durante a semana, apenas às sextas-feiras.
Sem falar no ritmo de vida ditado pelos ponteiros do relógio.
Acordo às 05h, saio de casa às 05h50, deixo minha filha na escola. vou para a faculdade onde leciono de 07h40 às 11h15. Saio correndo, novamente, pego minha filha na escola e deixo-a na casa de minha mãe. Às pressas sigo em direção à TV onde trabalho até às 20h00. (Isso sem falar nos plantões aos sábados, domingos e feriados.)
Aos que sonham em ser jornalistas, pensem bem...
Mas a minha angústia provém, justamente, do fato de eu amar o que eu faço e ter que decidir.
Fui parar no médico com sintomas claros de estafa e crises de ansiedade.
Tenho dores de cabeça diariamente, formigamento nas extremidades do corpo, enjoos, tonteiras.
É hora de parar com alguma coisa, né?
Pois bem. É difícil, mas resolvi deixar a faculdade.
Vou conversar com o coordenador do curso e tentar resolver minha situação o quanto antes.
E foi justamente nesse meio tempo, em que refletia dentro do meu casulo, que me apareceram mais dois menininhos...
Resgatei
Alfredo em cima de uma árvore. Depois de longo período de miação.
Minha mãe se comoveu e acabou ficando com ele e eu segui com meus quatro bichanos.
Mas no último fim de semana um outro miadinho me tirou bem cedo da cama.
Este foi o resgate mais difícil que já fiz.
O pequeno estava preso dentro de um tubo de pvc. Ficou cerca de 24 horas sem comer ou beber.
Pulei um muro alto que dá acesso a um lote vago, ao lado do meu apartamento.
Muitos arranhões e hematomas depois, capturei o gatinho : Um siamês magrinho e assustado.
Cacá deu-lhe o nome de
Sebastian e , claro, ele logo entrou pra família.
No fundo, acho que Sebastian veio pra mim como mensagem.
Depois de um período de luta e angústia, há sempre uma luz no fim do túnel - ou no fim do "tubo" , como aconteceu pra ele.
No momento estou olhando para todos os lados...
Tenho fé que vou encontrar a saída!
Beijo a todos os que me procuraram pra saber o por que da minha ausência.
Pois aqui estou!
Segue uma prévia dos meus últimos resgatados :
Alfredo - já bem à vontade na casa de minha mãe
Sebastian - Ainda com cara de assustado
Alfredo
Sebastian lambendo os bigodes